Renato Seabra, ao ser acusado pela polícia de Nova Iorque de homicídio em segundo grau, incorre, segundo a legislação daquele estado, numa pena que vai de 25 anos a prisão perpétua.
É-lhe permitido o pedido de liberdade condicional ao fim dos 25 anos que, no caso de não ser concedido, pode ser renovado de dois em dois anos.
Foi o detective Cavatalo, da polícia de Nova Iorque, que disse à Lusa que "a acusação é de homicídio em segundo grau", não adiantando se o jovem tinha confessado o crime e qual o tipo de assistência jurídica que lhe estava a ser prestada.
Renato Seabra estava com Carlos Castro em Nova Iorque, tendo sido visto do hotel onde o colunista social de 65 anos foi encontrado morto.
Mais tarde, a polícia encontrou-o num hospital da cidade, onde se terá deslocado para ser tratado a ferimentos e de onde foi conduzido á unidade psiquiátrica de outro hospital para uma avaliação clínica.
A mãe do jovem já está em Nova Iorque para acompanhar o caso do filho.
Segundo o relatório da autópsia Carlos Castro pereceu devido a lesões causadas por agressões violentas na cabeça e a estrangulamento.
Por outro lado, Carlos Castro, na sua autobiografia "Solidão Povoada", publicado pela Livros d'Hoje em 2007, demonstrava vontade de que a s sua cinzas ficassem em Nova Iorque pelo que tal facto vai ser usado pela família do jornalista, junto das autoridades norte-americanas, de que era essa a sua vontade.
A ILGA Portugal afirmou que foi com "pesar e consternação" que teve conhecimento da morte do colunista Carlos Castro, "uma das primeiras figuras públicas portuguesas a assumir a sua homossexualidade".
Em comunicado, a ILGA - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Trangénico lembra Carlos Castro como uma pessoa que "dedicou parte da sua vida pública a causas fundamentais como o combate ao VIH/SIDA".
"Transmitimos neste momento difícil as nossas condolências a familiares e amigos", conclui a nota da ILGA Portugal, que na cerimónia de entrega dos Prémios Arco-Íris,no cinema São Jorge, em Lisboa, dia 10 à noite fez fará um minuto de silêncio pela memória de Carlos Castro.